#1 Os exercícios devem ser dolorosos no tratamento da dor musculoesquelética crônica?

fisioterapia e dor trabalho com cargas

#1  DOR – exercícios devem ser dolorosos no tratamento da dor musculoesquelética crônica?

Os exercícios devem ser dolorosos no tratamento da dor musculoesquelética crônica? Uma revisão sistemática e meta-análise

Essa é uma revisão e meta-análise que eu trago como você vai ler não existe base científica para profissionais de saúde não usarem exercícios resistidos para trabalhar a dor. Eu sei que estes conceitos são muito recentes e por isso ainda vejo professores universitários colocando em suas redes sociais o contrario. Mas eu acredito ser fonte de duas razões: a fisioterapia é orientada e carregar menos e educadores físicos a carregar mais, ambos os lados da moeda não ajudam a recuperação dos tecidos.

Fisioterapia e cargas na reabilitação de dor musculoesqueletica
dor e carga

que pode estar acontecendo é um erro midiático que fica no inconsciente de profissionais de saúde ao comparar o corpo ideal como o de um atleta e aí todos querem ser um atleta e acreditam que o treino ideal é de um atleta. Sem se quer levar em conta que cada atleta tem um tipo de treino específico para sua modalidade, todos usam treino resistência, sim, mas não na forma que vem a cabeça de hipertrofia e muito peso, na verdade a hipertrofia pode atrapalhar algumas modalidades. Dito isso quando você entra em um ginásio de musculação o conceito ou energia que se fica na cabeça é puxar maior quantidade de peso senão você é fraco e não faz nada, as vezes nem se respeita os prazos de descanso que são fundamentais, então a energia  “é mais é mais e melhor”.

Já nos ginásio de fisioterapia reina o conceito oposto, o conceito de carga é lesivo;   “mais é mais e melhor machuca”, ou seja, na cabeça da maioria dos fisioterapeutas cargas e dor não podem estar juntas, e isso também não sustenta na ciência. Então,  os fisioterapeutas subcarregam os tecidos que estão precisando de estímulos horméticos para serem estimulados para a cura. Novamente eu acho que colocam esporte, atleta como conceito para toda a população, vide que as pessoas que são advogados, médicos, fisioterapeutas, etc querem ter corpo de atletas porque esse é o corpo que se mostra como saudável e bonito no marketing.

Erros conceituais porque o atleta coloca o corpo dele eu uma sobrecarga extrema, treinos exaustivos o que põe seus corpos no limiar, com lesões e a conviverem com dor, E aí as pessoas querem treinar com cargas, acreditam que cargas vão torna-las fortes e resilientes, e os tecidos não suportam, não se adaptam e rompem quebra o limiar que ele consegue se equilibras, ainda mais se houver qualquer distúrbio subclínico de base que a pessoa não sabe. Eu acredito que vem disso a confusão carga demais para trabalhar e do outro lado carga de menos porque carga demais machuca.

No meio disso tudo falta conceituar aos profissionais que receitam exercícios carga e ESPECIFICIDADE. Na verdade as pessoas, fisioterapeutas e educadores talvez estejam esquecendo de especificidade.

A especificidade é completamente diferente quando se recebe alguém com dor que trabalha escritório e gosta de fazer musculação de uma pessoa que compete para seleção de futebol jogando meio campo e mais diferente ainda para quem joga no gol, também diferente para quem joga vôlei como atacante , e muito mais diferente para quem veio de pós cirúrgico, ou foi receitado exercícios resistidos devido sarcopenia, ou aquele que toma remédios para pressão alta ou para controlar a glicose mas acha que tomar remédio o coloca mesmo patamar de quem não toma.

São pessoas diferentes, vidas diferentes, tecidos diferentes e metabolismo diferente, para todos eles limiar de dor e carga serão diferentes.

As cargas não são necessariamente kilos como esta no inconsciente de muitos profissionais de saúde:  o Pilates, molas e peso do corpo oferecerão resistência para alguns e para outros será treino de descanso. Se você não quer trabalhar carga também pode manipular outras coisas, volume por exemplo para atingir um objetivo ou mudar estímulo, e isso pode ser feito no Pilates, no ginásio de fisioterapia ou musculação.

O corpo precisa de estímulos suficientes que o desafiem mas isso tem ser em um nível que ele consiga recuperar então estimulo grande suplanta a capacidade de curar das micro lesões e baixo demais não estimula o corpo a recuperar. O corpo é uma máquina de adaptação e uma semana sem estímulo no corpo de uma atleta já ocorre adaptação, o mesmo para pessoas normais, uma semana de estimulo correto também o corpo se adapta, o que torna os infindáveis 3×10 inadequados porque corpo se adapta, precisamos mudar estímulo.

Eu concordo que uma carga extra aplicada de forma errada em um corpo em recuperação vai ser completamente desastroso, mas cientificamente ESPECIFICIDADE é o que vai te colocar no treino certo. Uma carga certa na hora certa para uma tendinopatia é o padrão ouro de tratamento ates de qualquer tratamento adjuvante, mas cargas erradas na hora errada, pliometria, mudanças de direção é completamente desastroso para os tecidos também (manual tendão Barcelona e curso de Tendinopatia)

Eu acredito que quando nós profissionais de saúde acertarmos com estes conceitos : especificidade X carga X volume X intensidade não perderemos pacientes para procedimentos caros e invasivos e também estaremos fazendo um trabalho de prevenção fenomenal

Vamos seguir e ver o que diz o estudo

Os distúrbios musculoesqueléticos são um dos distúrbios mais prevalentes e dispendiosos em todo o mundo. [1 2 ]A lombalgia é considerada a principal causa de anos vividos com incapacidade em todo o mundo, à frente de condições como depressão, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer, com uma prevalência pontual global de 9,4%.[ 3 4] A cervicalgia e outras dores musculoesqueléticas ocupam o quarto e o sexto lugar em termos de anos vividos com incapacidade, com uma prevalência pontual global de 5% e 8%, respectivamente.[ 5, 6] No Reino Unido, estima-se que uma em cada quatro pessoas sofra de distúrbios musculoesqueléticos crônicos, 7 com uma consequência econômica estimada de 8,8 milhões de dias de trabalho perdidos. [8]

Há um alto nível de incerteza e falta de evidência de nível 1 suficiente para basear o tratamento de pessoas com distúrbios musculoesqueléticos. Uma revisão sistemática de intervenções de autogerenciamento para dor musculoesquelética crônica concluiu que existiam fortes evidências de que mudanças nos fatores psicológicos, autoeficácia e depressão eram preditores de resultados, independentemente da intervenção realizada, e existiam fortes evidências de que mudanças positivas na saúde dos pacientes catastrofização da dor e atividade física foram fatores mediadores.[ 25] Estudos experimentais também demonstraram que o contexto do estímulo e a resposta emocional à dor afetam a experiência da dor, [2628 ]e levaram ao desenvolvimento de intervenções de dessensibilização para distúrbios musculoesqueléticos crônicos.[29–31]

Foi proposto que terapias de tratamento modernas para dor e distúrbios musculoesqueléticos crônicos devem ser projetadas em torno de programas de carga e resistência direcionados a movimentos e atividades que podem reproduzir temporariamente e agravar a dor e os sintomas dos pacientes. [3133 ]A dor não se correlaciona com dano tecidual,[ 34 ]e fatores psicológicos, como catastrofização e comportamentos de evitação do medo, desempenham um papel importante na formação das respostas fisiológicas à dor e, portanto, no desenvolvimento e manutenção da dor crônica.[ 35 ]Acredita-se que tal programa de exercícios poderia facilitar a reconceituação da dor, abordando a evitação do medo e as crenças catastróficas dentro de uma estrutura de ‘mágoa sem igual a mal’. [36 , 37, 38 ]Definimos ‘exercício para a dor’ como um exercício terapêutico onde a dor é encorajada ou permitida.

Tradicionalmente, os profissionais de saúde têm relutado em encorajar os pacientes a continuar com o exercício na dor quando estão tratando a dor musculoesquelética crônica,[ 76 ]com algumas pesquisas sugerindo que o medo dos clínicos é o principal impedimento. [77 ]Os resultados de nossa revisão sistemática mostram que não parece haver uma base científica para esse medo em relação às medidas de resultado da dor e também da função e incapacidade potenciais. Este é um ponto importante ao considerar quais conselhos são dados sobre qualquer exacerbação de curto prazo da dor musculoesquelética durante atividade física ou exercício por profissionais de saúde, particularmente quando a inatividade física é um dos 10 principais fatores de risco para morte em todo o mundo, [78] e quando cerca de € 1,9 bilhão por ano em saúde e € 9,4 bilhões por ano em custos econômicos no Reino Unido são atribuíveis à inatividade física. [79]

Uma justificativa teórica para uma resposta positiva aos exercícios na dor é o impacto positivo no sistema nervoso central. [31 37]Especificamente, o exercício aborda fatores psicológicos, como evitação do medo, cinesiofobia e catastrofização, e é definido dentro de uma estrutura de ‘mágoa sem igual dano’, reduzindo assim, com o tempo, a sensibilidade geral no sistema nervoso central, com uma modificação saída de dor. [31,37 ]Acredita-se que o efeito da analgesia endógena induzida pelo exercício ocorra devido à liberação de opioides endógenos e à ativação de mecanismos inibitórios espinhais.[ 8084] No entanto, uma revisão sistemática recente estabeleceu que nenhuma conclusão firme pode ser alcançada sobre a modulação da dor durante a terapia de exercícios para dor musculoesquelética crônica.[85 ]

De fato, um estudo experimental mostrou uma disfunção da analgesia endógena em pacientes com dor musculoesquelética, [86] e, portanto, foi recomendado o exercício de partes do corpo não dolorosas em pacientes com dor musculoesquelética crônica. [87 ]No entanto, vale a pena notar que os dados empíricos neste campo são muito escassos, e esta revisão sistemática mostra que exercícios dolorosos podem até melhorar os resultados clínicos. Além disso, a prescrição de exercícios nos ensaios incluídos foi baseada principalmente em princípios de força e condicionamento, com exceção de Littlewood et al ,[ 52] sugerindo uma abordagem focada no tecido e, portanto, ainda poderia estar passando uma mensagem de ‘machucar é machucar’ para a maioria de participantes.

Além do aspecto da dor, uma diferença importante entre o braço de intervenção e o braço de controle são as maiores cargas, ou níveis de resistência, empregadas com os exercícios para dor, e não se sabe se a diferença nas respostas pode ser atribuída a esses dois elementos dos diferentes programas de exercícios. A pesquisa mostrou uma ‘resposta à dose’ ao exercício para dor musculoesquelética – quanto mais exercício incremental (com período de recuperação apropriado) uma pessoa faz, maiores são as melhorias na dor [8890]; os benefícios a curto prazo dos exercícios na dor em relação aos exercícios sem dor podem ser explicados por esse efeito da dose ou resposta à carga/resistência.

No entanto, até onde sabemos, a ‘dose’ ideal de exercício terapêutico para dor musculoesquelética não foi estabelecida. Além disso, pouco se sabe se é possível ou apropriado identificar os indivíduos mais adequados para intervenções com exercícios.

A rotulagem diagnóstica de pacientes em patologia específica do tecido caracteristicamente sofre de baixa confiabilidade e validade. [93–98 ]Um ponto forte desta revisão é que, apesar dos estudos incluírem sujeitos que sofrem de dor musculoesquelética em diferentes locais do corpo, existe baixa heterogeneidade estatística no acompanhamento de curto prazo e nas análises de sensibilidade realizadas.

Quais são as descobertas?

  • Os protocolos que usam exercícios para dor para dor musculoesquelética crônica oferecem um benefício pequeno, mas significativo, em relação aos exercícios sem dor no curto prazo.

  • Adultos com dor musculoesquelética podem obter melhorias significativas nos resultados relatados pelo paciente com vários graus de experiências de dor e tempo pós-recuperação com exercícios terapêuticos.

  • A dor durante o exercício terapêutico para dor musculoesquelética crônica não precisa ser uma barreira para resultados bem-sucedidos.

  • Os protocolos que usam exercícios para dor normalmente têm cargas e doses de exercício mais altas.

 

 

Você pode complementar a leitura com

http://alvaroalaor.com.br/devo-fazer-exercicios-com-carga-ou-proteger-uma-area-dolorida/

http://alvaroalaor.com.br/como-selecionar-a-carga-e-as-repeticoes-certas-para-seus-pacientes-na-fisioterapia/

 

Como e por que trabalhar os tipos de fibras musculares na fisioterapia, Pilates e no treino.

http://alvaroalaor.com.br/massa-vs-forca/

 

 

 

Alvaro Alaor crefito 33002- Fisioterapeuta

https://bjsm.bmj.com/content/51/23/1679

 

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