#1 Avaliação fisioterapêutica dor crônica na virilha

Avaliação fisioterapêutica quadril, uma nova apresentação

#1 Avaliação fisioterapêutica dor crônica na virilha

O triângulo inguinal: uma abordagem pato-anatômica para o diagnóstico de dor crônica na virilha em atletas

Resumo

Abstrato

A dor crônica na virilha é uma apresentação comum na medicina esportiva. É mais frequentemente um problema nos esportes que envolvem movimentos de chutes e torções durante a corrida. A morbidade da dor na virilha não deve ser subestimada, ficando atrás apenas da fratura e reconstrução do ligamento cruzado anterior em termos de tempo fora de treinamento e jogo.

Devido ao início insidioso e ao curso da patologia na região da virilha, comumente se apresenta com patologia bem estabelecida. Sem um diagnóstico clínico/patológico claro, o manejo subsequente da dor crônica na virilha é difícil. A combinação de anatomia complexa, variabilidade de apresentação e natureza inespecífica dos sinais e sintomas torna o processo diagnóstico problemático.

Este artigo propõe um novo modelo educacional baseado em conceitos pato-anatômicos. Os pontos de referência anatômicos foram selecionados para formar um triângulo, que fornece o poder discriminativo para restringir o diagnóstico diferencial e formar a base da investigação subsequente. Este artigo faz parte de uma série que aborda a natureza tridimensional da patologia proximal do membro inferior.

A abordagem 3G (triângulo virilha, glúteo e trocânter maior) reconhece isso, permitindo que o clínico se desloque por toda a região, considerando as patologias de forma adequada.

O TRIÂNGULO DA VIRILHA

Os marcos anatômicos específicos e as bordas do triângulo da virilha são apresentados na fig. 1

Alvaro Alaor Saúde - BJM artigo
BMJ artigo – Alvaro Alaor Fisioterapia e Pilates

O triângulo da virilha. AL, adutor longo; EIAS, espinha liaca anterossuperior; Gr, gracilis; IlioPS, iliopsoas; Pec, pectinius; RF, reto femoral; Sar, sartorius; TFL, tensor da fáscia lata; 3G, o ponto 3G; VL, vasto lateral; VM, vasto medial.

PONTOS DE ÁPICE DO TRIÂNGULO DA VIRILHA

Os pontos anatômicos do ápice do triângulo são os seguintes: a espinha ilíaca ântero-superior (EIAS); o tubérculo púbico e o ponto 3G (triângulos virilha, glúteo e trocânter maior).

O ponto 3G

A partir das medidas antropométricas, os autores definiram um novo ponto de referência no ápice do triângulo. Este ponto foi denominado “ponto 3G” em referência à patologia tridimensional e às regiões da virilha, glúteo e trocanter maior. A relação deste ponto no plano coronal anterior foi o ponto médio entre a EIAS e o polo superior da patela, e no plano coronal posterior o dobro da distância do processo espinhoso da vértebra lombar L5 até a tuberosidade isquiática em a linha do fêmur.

UMA ABORDAGEM PATO-ANATÔMICA USANDO O TRIÂNGULO DA VIRILHA

O processo diagnóstico de história e exame é frequentemente abreviado. Há uma tendência crescente de confiar em estudos investigativos como a etapa inicial do diagnóstico (por exemplo, proceder à ressonância magnética de uma virilha dolorida na ausência de um diagnóstico diferencial claro). Os autores propõem uma abordagem de quatro etapas para o processo de diagnóstico, enfatizando a história e o exame e limitando a investigação à etapa final, como segue.

Etapa 1: definir e alinhar

Defina os pontos anatômicos e as bordas do triângulo no paciente (EIAS, tubérculo púbico e ponto 3G).

Etapa 2: ouvir e localizar

Ouça a história do paciente e obtenha tantos fatores de localização quanto possível, depois identifique a dor em relação ao triângulo da virilha.

Etapa 3: palpar e recriar

Apalpe cuidadosamente a área identificada e determine quais estruturas anatômicas são dolorosas. O uso de manobras/exames provocativos (por exemplo, exercícios) para recriar a dor do paciente pode ser uma etapa diagnóstica crítica. Descrever todas as manobras em detalhes está além do escopo deste texto; os leitores são encaminhados para comentários sobre este tópico. [32 43]

Etapa 4: aliviar e investigar

Quando várias estruturas anatômicas estão próximas, as apresentações clínicas podem ser muito semelhantes. A maneira pela qual a dor pode ser removida pode ser muito útil. Uma diminuição na dor após a abstinência de atividade agravante é reveladora. Se uma estrutura distinta puder ser identificada, a eliminação dos sintomas após a injeção guiada de anestésico local na estrutura é inestimável. Os autores reconhecem que várias condições discutidas neste texto só podem ser diagnosticadas definitivamente após investigação radiológica; nesses casos, a investigação mais discriminativa e baseada em evidências é recomendada.

Figura 2
https://bjsm.bmj.com/content/43/3/213 Alvaro Alaor Fisioterapia e Pilates

TUBERCULO PUBICO

Como muitas estruturas potencialmente anatômicas convergem neste ponto, propomos uma marcação da estrutura de forma semelhante a um mostrador de relógio ( fig. 3 ,  ). Essa representação esquemática da anatomia da área serve como um guia para o que pode ser palpável após a invaginação do escroto. O clínico examinador pode, portanto, “andar com o dedo” ao redor do tubérculo, atribuindo cada parte do mostrador do relógio ao acessório relevante, conforme destacado na fig. 3 .

Os autores reconhecem a variabilidade das estruturas nesta área, tendo diagramas baseados em estudos cadavéricos realizados antes deste artigo. [55]Empregamos o termo “lesão por estresse do osso púbico” para o que costuma ser chamado na literatura de “osteíte púbica”. Achamos que isso reflete melhor o quadro clínico na ausência de qualquer evidência de processo inflamatório.

Figura 3
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SUPERIOR AO TRIÂNGULO

A patologia do reto abdominal tende a ser bem localizada em sua inserção no tubérculo púbico, muitas vezes tornando-o o diagnóstico mais claro nessa área. Isso pode surgir como um diagnóstico primário ou se desenvolver secundariamente à sobrecarga púbica originada por patologia do adutor ou do iliopsoas

Figura 5
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O que este artigo acrescenta

  • Este artigo descreve uma nova abordagem educacional para a categorização de patologias na região da virilha em um atleta.

  • As estruturas geradoras de dor são categorizadas de acordo com sua posição anatômica, em torno de um triângulo baseado em marcos anatômicos facilmente localizados.

  • Esta categorização, acompanhada de diagramas de alta qualidade, enfoca o processo de diagnóstico. O questionamento discriminativo e o exame baseado em evidências apresentados em forma de tabela facilitam o diagnóstico diferencial preciso.

Este é uma amostra do que você poderá encontrar nesse artigo, você pode baixar esse artigo grátis em https://bjsm.bmj.com/content/43/3/213, mas se você quiser ser assinante de meu blog receberá artigos como este e muitas outros exclusivos para assinantes.

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Alvaro Alaor Fisioterapeuta – 33002

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